
Isso vale também para projetos de interface desenhados para resolução de tela de 800x600 pixels: não há como ter 100% de certeza sobre como sua página web será vista, na largura e muito menos na altura (vide texto Layout versus resolução de tela (2)).
Outra prática muito criticada hoje em dia é uso de frames. O argumento é o de sempre: tecnologias novas existem, dispensando esse artifício para exibir mais uma página (ou conteúdo) na web, simultaneamente. Meu argumento é o de que se o COBOL fosse ruim já teria sido substituído pelo .NET, JAVA ou ORACLE no sistema financeiro Brasileiro (que possui um dos sistemas bancários mais evoluídos do planeta). E o CGI, que é utilizado em 90% dos provedores de hospedagem de sites no mundo não seria mais utilizado por esse raciocínio. Assim sendo, vamos ver os prós e contras dos frames (traduzido como molduras ou quadros):
Prós:
- É uma linguagem de marcação, simples de ser implementada por designers que não tem intimidade com programação ou ferramentas de atualização de conteúdo complexas/caras.
- Pode ser utilizada para estruturar (frame) ou desenhar (iframe ou inline Frame) um layout para web.

Figura 1
- Torna o carregamento de um site mais ágil, uma vez que a parte do conteúdo que não se altera só é carregada uma vez.

Figura 2
- Na data em que escrevo este artigo (dez.2009) frames tem maior consistência do que o CSS (folha de estilos), pois exibe a estrutura igual em diversos navegadores.

Figura 3
Contras:
- Dificulta a contextualização direta do endereço de uma página, uma vez que a URL (endereço) aponta para a estrutura que reúne duas ou mais páginas.

Figura 4
- Sistemas de busca podem indexar apenas uma página e não o conjunto; isso é particularmente ruim em páginas estruturadas por frames: uma página assim estruturada pode fazer sentido apenas se vista dentro do conjunto.

Figura 5
- Iframes com links internos podem exibir um layout desestruturado se o conteúdo for maior que o tamanho do frame; conteúdo selecionado por “clique-e-arraste” pode exibir layout truncado.

Figura 6
- Tem limitações difíceis ou incômodas de serem contornadas dependendo do layout de seu projeto(*); por exemplo, iframe com largura proporcional à largura/altura da janela do navegador.

Figura 7
Enfim, projetar é conhecer as soluções existentes e contextualizá-las ao projeto. Por isso digo que não existe tecnologia nova ou velha, existe é uma solução que resolve melhor o seu problema, no contexto em que se ele apresenta.
...
Segundo SILVA (2008)*, o layout de páginas da internet pode ser:
- Fixo: "Página e colunas tem largurafixa. [...] Qualquer que seja o tamanho da janela do navegador ou resolução, as larguras não variam".
- Líquido: "As larguras são definidas em porcentagem. O layout acomoda-se em largura a qualquer tamanho da janela ou resolução do monitor".
- Elástico: "Uma opção para o layout líquido [...] (visto que) o comprimento total das linhas de texto podem se torrnar tão reduzido ou extenso que afete a legibilidade. (Aqui as) larguras (são definidas) com base no tamanho da fonte".
- Híbrido: Possui duas abordagens: "a largura da página, de colunas e demais [...] componentes [...] do layout são definidas em (tamanho do texto) e adicionalmente definimos para tais componentes uma largura máxima em porcentagem". Pode-se ainda inverter o conceito, com larguras do layout em porcentagem e larguras máxima e mínima em tamanho do texto.
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* Referência: SILVA, Mauríco Samy. Construindo sites comCSS e (X)HTML: sites controlados por por folhas de estilos em cascata. São Paulo: Novatec, 2008.
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